sexta-feira, 30 de maio de 2008

“Levantar-se em armas era a única maneira de sobreviver”

Eu tive um irmão

que ia pelos montes

enquanto eu dormia.

Amei-o do meu jeito,

tomei sua voz

livre como a água

Julio Cortázar, 1967

Morreu um revolucionário! Viva a revolução! Estas palavras rodaram o mundo quando desde as montanhas colombianas chegou a confirmação da morte do máximo líder guerrilheiro do continente latino, Manuel “Tirofijo” Marulanda Vélez.

Nasceu com o nome de Pedro Antonio Marín em 12 de maio de 1930, a luta revolucionária o levaria escolher seu nome de guerra em homenagem ao pedreiro e fundador do Partido Comunista Colombiano que se destacou na luta sindical e que morreria torturado nos calabouços do serviço secreto em 1951 na cidade de Medellín.

A vida deste camponês é a história de uma Colômbia que continua em um tortuoso caminho para a paz. Consolidada a independência pelo libertador Simón Bolívar no início do século 18, a disputa entre liberais e conservadores deflagrou o país várias vezes. A família de Marulanda era liberal e seu avô combateu na sangrenta Guerra dos Mil dias, entre 1899 e 1902; ele o faria na década dos 40 e durante 60 anos interrompidos. Esta história familiar é igual a tantas outras que, como a dos Buendia, ficaram imortalizadas nas páginas do livro Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez.


Em 1948 o país vivia um clima tenso que explodiu com o assassinato em abril do líder liberal Jorge Eliécer Gaitán, um importante referente das classes populares. Este fato ficou conhecido como o “Bogotazo” que cobrou numerosas vítimas na capital colombiana e desencadeou uma feroz persecução a liberais e simpatizantes que se estendeu por toda Colômbia. No campo o exército invadia povoados massacrando a sangue-frio qualquer suspeito de ter ligações com o Partido Liberal. Aqueles que conseguiam fugir iam de cidade em cidade escapando da fúria conservadora. Até que um dia vários camponeses se integram a guerrilha organizada pelos liberais, junto a eles estava o jovem Marulanda com dezenove anos. “Levantar-se em armas era a única maneira de sobreviver”, lhe dize uma vez ao escritor colombiano Arturo Alape, autor de sua única biografia.

Quando os liberais decidem depor armas com o derrocamento do presidente conservador Laureano Gómez pelo general Gustavo Rojas Pinilla em 1953, Marulanda e seus companheiros resolvem manter as armas e instalar-se no município de Marquetalia ao sul do país. Nessa época um velho amigo o batizou para sempre: “você é um tirofijo, onde põe o olho põe a bala”.

O presidente conservador Guillermo León Valencia em 1964 cansado das petições de reforma agrária e da intransigência da “República Independente de Marquetalia”, decide mandar um exército de 5 mil soldados para submeter de uma boa vez a Marulanda e seus homens. Nem imaginava Valencia que com este ato faria nascer a maior e mais antiga guerrilha de todos os tempos, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

Quebrando cercos militares e dando certeiros golpes as forças armadas colombianas, as FARC deixaram de ser um grupo de 40 guerrilheiros para conformar um exército popular de 20 mil homens armados, dos quais 60 por cento são de origem campesina e um terço são mulheres de rango de comando.

“A guerra não é o melhor para os povos. A guerra é imposta aos povos pelas castas dominantes, as cúpulas militares, as oligarquias, os monopólios, lhe impõem a guerra aos povos para submetê-los”, declarou ao jornalista Luis Gonzalez do jornal El Tiempo em 2001. Era um homem de poucas, mas certeiras palavras; olhos pequenos que mostravam a origem indígena e amante dos tangos de Carlos Gardel e Julio Sosa. Apesar de baixo e franzino, Marulanda, era o homem mais temido pelos soldados que entravam na selva colombiana.

Corria o ano de 1984, as FARC e o então presidente Belisario Betancur assinaram um cesse ao fogo e surgiu a proposta de desmobilização dos guerrilheiros. Alguns viram a possibilidade de fazer política de maneira legal, outros, como Marulanda, desconfiaram. Conformou-se assim a União Patriótica com candidatos para as eleições municipais, estaduais e nacionais. No entanto, os reacionários não estavam dispostos a ceder um milímetro. Fazendeiros e a classe política com seus esquadrões da morte assassinaram a mais de 3 mil militantes, entre deputados, prefeitos e dirigentes, aniquilando o projeto político da guerrilha. A partir dessa experiência o secretariado das FARC constituiu no ano 2000 o Movimento Bolivariano da Nova Colômbia, uma organização clandestina que atua nas pequenas cidades do interior e nos grandes centros urbanos. Como instância maior de coordenação política nasce também na mesma época o Partido Comunista Clandestino.

Desde 1964 Marulanda iludiu pelo menos sete importantes ofensivas militares financiadas com mais de 7 bilhões de dólares pelo estado norte-americano, 250 mil soldados colombianos treinados por especialistas ianques e 35 mil paramilitares. Foi declarado morto inumeráveis vezes pelos governos de turnos sedentos em apresentar uma vitória perante o povo colombiano e seu sócio americano. Em uma de suas tantas mortes, em 1951, a imprensa chegou a noticiar com fotos e testemunhas seu enterro.

O Plano Colômbia preparado por de Bill Clinton e provado pelo Congresso norte-americano no ano 2000 colocou bilhões de dólares, assessores militares, armamento de última geração gerando um banho de sangue. Desde o primeiro mandato do atual presidente Álvaro Uribe em 2002 até hoje foram assassinatos mais de 15 mil pessoas entre camponeses, sindicalistas, trabalhadores, jornalistas, militantes de direitos humanos, entre outros.

A mídia em geral, achou interessante atacar as FARC como “narco-guerrilhas” criando fantasiosas ligações com os poderosos cartéis do tráfico de droga que assola o país desde a década dos anos 80. Um discurso que teve seu efeito inclusive em organizações de esquerda que preferem não se pronunciar deixando um silêncio cúmplice. “Nem cultivamos, nem colhemos, nem comercializamos a coca. O problema é muito mais profundo e as suas origens não desejam chegar os governantes. É a pobreza de toda esta zona e de outras onde o agricultor se deu conta de que as plantações tradicionais apenas alcançavam para pagar seus custos; daí a procura de uma via para sobreviver e a encontraram na droga”, sentencia Marulanda conhecedor da problemática de seu país.

Passaram-se 17 presidentes com o sonho de capturar e posar ao lado de seu corpo inerte como um caçador e sua presa. Todos, todos eles, ficaram com o gosto amargo. Morreu de um ataque cardíaco em braços de sua companheira Sandra, deixando sete filhos. Hoje, o fascista Álvaro Uribe colocou como recompensa 2,5 milhões de dólares para quem revelar o lugar onde está enterrado. Com as miseráveis intenções de mostrar um troféu de guerra, falsificar o motivo da morte para apresentá-la como conseqüência de bombardeios feitos pelas forças armadas e assim adjudicar-se como feitores da morte de Marulanda.

Tirofijo não era um homem a ser citado por nostálgicos intelectuais de esquerda. Também não se preocupou em escrever grandiloqüentes manifestos para progressistas carentes de ídolos. Dedicou sua vida para os oprimidos do campo, treinou aqueles cansados de tantas humilhações, escutou cada problema e cada reivindicação de camponeses como ele.

“Mantenho meus sonhos de ver uma Colômbia nova, onde os colombianos se sintam seguros, com emprego, educação, saúde, bem-estar, onde se termine com as injustiças que nos obrigaram a tomar o caminho das armas. Estamos convencidos de que a hora chegará algum dia”, se pronunciou em sua última entrevista o velho guerrilheiro perto de seus 80 anos.

A morte deste revolucionário, que está na altura de um Ernesto Che Guevara ou um Fidel Castro, não terá seu rosto estampado em camisetas de jovens de classe média. Mas com certeza, estará presente na memória de milhões de colombianos e latino-americanos como um exemplo de entrega na luta pela segunda e definitiva independência de nosso continente.





sábado, 23 de fevereiro de 2008

Compañero Fidel, hasta la victoria siempre!

Néstor Kohan - La Haine

Buenos Aires, Argentina martes 19 de febrero de 2008

La mejor solidaridad con Cuba, con su pueblo, con el futuro del socialismo y con Fidel, sigue siendo la lucha popular. Una lucha contra el capitalismo y por el socialismo que no tiene fronteras.

Sentimos un poquito de tristeza, ¿por qué no admitirlo? Sin embargo, como alguna vez dijo Julio Antonio Mella, todo tiempo futuro tiene que ser mejor. Las luchas más profundas, las más radicales, las más decididas,todavía no han empezado. O mejor dicho, recién comienzan.

Fidel está enfermo y renuncia. Decisión lúcida y sabia, como siempre. No huye en helicóptero, como el patético presidente argentino De la Rua, derribado por su pueblo en rebelión en diciembre del 2001. No se tiene que
ir acusado de corrupción, enriquecido y millonario pero escupido por elpueblo, como tantos otros. No termina escapando en lo oscuro de la noche como los dictadores latinoamericanos, protegidos por el Pentágono y la CIA,con el traje manchado de sangre y los bolsillos llenos de dólares.

Fidel no se rinde. No se arrodilla. No implora clemencia. No sedegrada ni se deteriora. Simplemente toma la decisión de renunciar por limitaciones de salud, pero conservando intacto su prestigio político, el cariño y el consenso de su pueblo y la admiración de numerosos pueblos del mundo. Sin el gigante soviético en la espalda, pero rodeado de muchos pueblos del tercer mundo que lo siguen tomando como guía. No es casual
que cada nuevo revolucionario, cada nuevo rebelde o cada nuevo presidente que aspira a enfrentar al gigante monstruoso del norte, el de Washington, Virginia y Wall Street, viaja a La Habana para verlo y pedirle consejo.
Fidel, ya canoso y entrado en años, es el viejo maestro de las nuevas generaciones de rebeldes.

Desde ese lugar, ganado en la lucha, aconseja, guía, opina y provoca debates incluso generando opiniones que discuten con el maestro o problematizan algunas de sus decisiones. Esa es, precisamente, la misión pedagógica de un buen revolucionario. No fabricar dócil y sumisa apologética ni repetición burocrática de fórmulas sino discusión, reflexión y elaboración colectiva. Nunca calco ni copia. Esa es una de las mejores
enseñanzas de Fidel como pedagogo popular (¿Qué han sido sus largos discursos de todos estos años sino pedagogía popular?).

Si tuviéramos que sintetizar el núcleo de su pensamiento político creemos no equivocarnos si lo ubicamos en la ética. El marxismo de Fidel -como el de su entrañable hermano argentino, Ernesto Che Guevara- ha sido y es un marxismo eticista y culturalista. La clave de la historia humana no está en el desarrollo de las fuerzas productivas sino en los valores y la cultura. En todo caso, las principales fuerzas productivas de la historia han sido las fuerzas morales. La Revolución Cubana no se derrumbó, aún sin comida, dinero ni petróleo, debido a los valores, la ética y la cultura.

La "batalla de las ideas" con la que insiste Fidel es otro nombre para lo que Antonio Gramsci ha denominado la lucha por la hegemonía. Todo el pensamiento político de Fidel, su práctica revolucionaria al frente de Cuba
durante tanto tiempo, sus discursos y sus escritos, han sido una prolongada y larga marcha por la hegemonía socialista. En esa batalla de las ideas y los valores, la ética ha jugado un papel fundamental. Ya de jovencito,
muchos años antes de iniciar la guerra revolucionaria en Cuba, el joven Fidel lo había resumido con una sentencia fenomenal: "el verdadero ser humano no pregunta de qué lado se vive mejor sino de qué lado está el deber".

Ese es, a nuestro juicio, el núcleo de fuego que ha recorrido como un hilo rojo todo el pensamiento de Fidel a lo largo de décadas, de coyuntura en coyuntura, desde los tiempos de la clandestinidad y la guerrilla hasta
los tiempos de estadista, desde la época encendida de la OLAS hasta la alianza coyuntural con la Unión Soviética, desde las guerras de liberación en África y Vietnam hasta la escasez material del período especial.

El deber. No el cálculo mezquino del dinero y el bienestar individual sino el deber. Pero no el deber en abstracto -aquel imperativo categórico de origen protestante, estricto, vacío, ahistórico y genérico, que puede ser
llenado con cualquier cosa- sino el deber con un contenido sumamente preciso: la justicia, la rebelión contra el capitalismo, los poderosos y los explotadores, el patriotismo, el internacionalismo, el antiimperialismo, la
autoestima popular. ¿Cuál es entonces nuestro deber? Pues..."El deber de todo revolucionario es hacer la revolución", nos aconseja Fidel.

¿Fue distinto el marxismo del Che? ¿Guevara no planteó que la mayor satisfacción posible para una persona revolucionaria no reside jamás en la búsqueda de dinero sino en sentirse pleno y feliz por haber cumplido con el
deber social? ¿Quién influyó a quien? ¿El Che a Fidel o Fidel al Che? Probablemente haya habido una influencia mutua y recíproca. Y en el medio de ambos, la ética de José Martí, el rechazo al "hombre mediocre" de José
Ingenieros, el humanismo socialista, todos entretejidos en la perspectiva revolucionaria del viejo barbudo Carlitos Marx y su joven continuador con calva, nuestro amigo Lenin. Eso ha sido Fidel. Ese es Fidel.

Quienes nos hemos considerado y nos continuamos considerando fidelistas ("castristas" nos llaman despectivamente nuestros enemigos), guevaristas y mariateguianos, es decir, marxistas latinoamericanos, vemos a
Fidel como un maestro. Aprendemos de su historia y de su ejemplo. Llegó a lograr lo que logró no por haberse sometido a la geoestrategia diplomática circunstancial de un Estado sino por haber confiado en las fuerzas de su
pueblo y en sus propias fuerzas. Para triunfar en la Revolución Cubana Fidel no sigue las "directivas" de ningún Estado. Privilegia siempre las necesidades de su propio movimiento popular, con una mirada profundamente
latinoamericana e internacionalista. Ese es el camino. Esa es la enseñanza de Fidel que nos guía. Ese es nuestro futuro.

La mejor manera de ayudar hoy a la Revolución Cubana es luchar por la revolución antiimperialista y anticapitalista en nuestros propios países. ¡Cuántos le rindieron aplausos una vez que Fidel triunfó pero lo habían
insultado cuando sólo era un insurgente y un guerrillero! ¡Cuántos asisten a cócteles y cenas en nombre de Cuba pero en su momento llamaron a Fidel "aventurero", "putchista", "foquista", "militarista" y muchos otros
adjetivos destinados a desprestigiar y combatir las herejías revolucionarias!

No tiene sentido cantar loas apologéticas a las glorias del pasado cuando se visita La Habana (o el sol y la playa de Varadero...) mientras en el país propio se defiende a los empresarios y a los banqueros. Resulta
insostenible y esquizofrénico emocionarse frente a un retrato de Fidel o con las canciones de Silvio Rodríguez cuando se demoniza, se insulta y se desprecia a los jóvenes rebeldes que actualmente enfrentan a la policía y a
los militares.

La mejor solidaridad con Cuba, con su pueblo, con el futuro del socialismo y con Fidel, sigue siendo la lucha popular. Una lucha contra el capitalismo y por el socialismo que no tiene fronteras.

El deber de todo revolucionario es hacer la revolución. Esa es la enseñanza que nos deja Fidel con su ejemplo de vida. ¡Una vida entera dedicada a la revolución! Cuánta razón tenía también Fidel cuando nos dijo:
"nuestro campo de batalla abarca todo el mundo". ¡Qué impactante actualidad!

Fidel renuncia. Todo el mundo habla y opinará de eso. Los poderosos del imperio continuarán denostándolo desde sus multimedios monopólicos mientras los pueblos seguirán queriéndolo y admirándolo. Aunque su voz no
aparezca en los noticieros comprados de la televisión. Pero a la larga, esa noticia dejará de ocupar la atención. Lo que permanecerá, a largo plazo, son las enseñanzas de Fidel. Las banderas de su pensamiento político rebelde y su ética revolucionaria inquebrantable. Esa misma que le permitió mantenerse de pie, sin trastabillar, durante medio siglo frente a la potencia más poderosa de la tierra y de la historia.

Continuar, hoy y en el futuro, las enseñanzas de Fidel y del Che. Ese es el gran desafío para las nuevas generaciones. Dentro de Cuba, poniendo toda la fuerza en profundizar la perspectiva socialista y en combatir el
regreso al capitalismo. ¡Pero también fuera de Cuba, en las nuevas batallas que vendrán por un mundo más justo y solidario, el mundo socialista!

Fidel tenía razón. Nuestro campo de batalla abarca todo el mundo y nuestro deber es hacer la revolución. ¿Sabremos estar a la altura de ese deber? Querido comandante, compañero, maestro y hermano Fidel

¡Hasta la victoria siempre!

Comandante por siempre

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A 76 años del nacimiento del héroe cubano Camilo Cienfuegos

Por Luis Hernández Serrano

Cuba, 06 de febrero de 2008 (Junebtud Rebelde).- Este día, a juzgar por el entusiasmo y la vigorosa salud con que lo conocimos, seguramente Camilo estaría entre nosotros, con un sombrero alón parecido al de los primeros momentos del triunfo.

La misma sinceridad de su sonrisa, pero con una lógica barba blanca, llegaría a su cumpleaños 76 después de casi medio siglo revolucionando.
No sería igual, claro, el guerrillero que se perdió para siempre en el azul caribeño, en una avioneta «delgada» y «lenta», el 28 de octubre de 1959, sino el líder experto en decisiones de paz o tendiendo puentes hacia cualquier rincón del mundo.

Tal vez lo acompañarían varios hijos militares o civiles, y algún que otro nieto, con el apellido Cienfuegos en primero o segundo puestos; y sería el abuelo consentidor, pero siempre el Comandante de su Columna Antonio Maceo.

Les hablaría a ellos de cuando bajó de primero a cumplir una misión de Fidel en los llanos, de aquel dragón-tanque que inventó en Yaguajay o del día en que tumbó al Che de la hamaca y se rieron como si la guerra fuera de mentiritas.

Quizá alguno de los más pequeños volvería a preguntarle sobre la noche de las palomas. Y él, que siempre los complacería, se tocaría el hombro recordando al amigo, que supo y sabe ir bien.
Nunca apareció ni un tornillo de su avioneta, ni aquel sombrero, ni la Thompson calibre 45 con que se montó en la aeronave en Camagüey. Nunca el mar quiso devolvernos nada. Pero como no hay tumba en las olas, ni cruces en el recuerdo, febrero lo trae ileso. Y los hijos que no fueron, y los nietos que no son, siguen cantándole felicidades, al más jodedor de los héroes cubanos.